sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Light, Diet e Diabetes

Os alimentos light e diet são alternativas para tornar mais fácil para o diabético montar sua dieta, mas isso não significa que podem ser consumidos em grande quantidade. A alimentação do diabético tem que ser balanceada, não adianta consumir duas vezes mais de um alimento só por ser diet.

A pessoa diabética, além de verificar a ausência de açúcar refinado em um produto, precisa estar atenta ao excesso de carboidratos, que vão aumentar a glicemia; de gorduras, que vão aumentar os triglicerídeos e o colesterol; e de proteínas, que podem influir na função renal. Um chocolate diet (sem açúcar), por exemplo, tem mais gordura que o não-diet, e pode até ser consumido, mas sempre com moderação.

Além do mais, um produto, por ser diet, não é necessariamente liberado para os diabéticos. Ele pode conter açúcar! Podem ter tirado dele apenas o colesterol, por exemplo. Na embalagem, o diabético deve prestar atenção se está escrito que o produto é isento de açúcar. Frisando: é importante que a pessoa com diabetes leia sempre as informações nutricionais dos alimentos consumidos.

Há, também, alguns produtos light que são diet: os refrigerantes light, por exemplo, não contêm açúcar.

Tem alimentos que são diet, que não levam açúcar refinado em sua composição, mas que contêm muita frutose. As geléias dietéticas, por exemplo, principalmente as importadas, se consumidas em grande quantidade têm muitas calorias e podem alterar o nível de gordura no sangue. Podem também aumentar a glicemia do diabético.

Cuidado também deve ser tomado com os pães diet e light, que são feitos com farinha de trigo, que é rica em carboidratos, e termina no açúcar como produto final. Muitos achocolatados diet também são ricos em carboidratos.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Brasileiros consomem mais que o dobro da quantidade diária recomendada de sódio


Em tese, defende a Organização Mundial da Saúde (OMS), o consumo diário de sódio deve se restringir a 2 g, o que equivale a 5 g de sal de cozinha, a mais rica fonte do mineral. Doenças decorrentes da hipertensão arterial, câncer gástrico e osteoporose são três dos problemas de saúde que especialistas têm associado ao elevado consumo de sódio. Entretanto, além de estar em grande quantidade no sal que tempera a comida preparada em casa, o mineral se apresenta em exageradas proporções nos alimentos industrializados – um pacote de biscoito tipo cracker, apenas, já contém 0,6 g, mais de um quarto acima do recomendado.

Pesquisadores da Faculdade de Saúde Pública, da Universidade de São Paulo (USP), ratificaram o que já era de se esperar: “o consumo de sódio no Brasil excede largamente a recomendação máxima para esse nutriente em todas as macrorregiões brasileiras e em todas as classes de renda”, dizem os autores, que fizeram a estimativa dos anos 2002 e 2003. O resultado será publicado na próxima edição da Revista de Saúde Pública.

Para realizar o trabalho, Rafael Moreira Claro e colegas analisaram dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares, feita no país entre julho de 2002 e junho de 2003. Dessa forma, quase 100 mil registros de aquisição de alimentos efetuados por uma amostra probabilística de 48.470 domicílios localizados em 3.984 setores censitários foram estudados.

(...)

“Para o país como um todo, a quantidade de sódio disponível para consumo foi de 4,5 gramas por pessoa por dia, portanto mais de duas vezes superior ao limite máximo de consumo de 2 g. Em nenhuma região brasileira a disponibilidade domiciliar de sódio foi inferior a 4 g”, afirmam.

Quanto à proveniência do sódio disponível para consumo nos lares brasileiros, cerca de 71,5% estão no sal de cozinha, 4,7% nos condimentos à base de sal – como tabletes de caldo –, 15,8% em alimentos processados com adição de sal, 6,6% em alimentos in natura e 1,4% em refeições prontas. Entretanto, os dados podem estar muito homogeneizados, se lembrarmos que produtos industrializados congelados e refrigerantes, ricos em sódio, podem ser consumidos diariamente por pessoas com maior renda.

Por isso, segundo os nutricionistas, a contribuição do sal de cozinha e dos condimentos à base de sal decresceu de forma linear com o aumento da renda, variando de 83,8% no quinto da população de menor renda a 62,5% no quinto de maior renda. “Por outro lado, a contribuição de alimentos processados com adição de sal apresentou relação direta com a renda per capita, aumentando duas e meia vezes do quinto de menor (9,7% do total de sódio) para o quinto de maior renda (25% do total de sódio)”, consideram.

A diretriz número 6 do Guia Alimentar – instrumento para informar profissionais de saúde acerca das orientações que devem ser dadas à população –, elaborada pela Coordenação-Geral da Política de Alimentação e Nutrição (CGPAN), do Ministério da Saúde, entretanto, trata o sódio como sinônimo de sal, colocando o segundo termo entre parênteses após o primeiro. Dessa forma, recomenda a ingestão máxima de 5 g de sal diariamente (equivalente a 2 g de sódio, o limite sugerido), sem considerar, como mostram os dados acima, que o mineral presente não no sal de cozinha, mas em alimentos processados, pode chegar a constituir um quarto da quantidade total consumida.

Fonte: Agência Notisa (science journalism – jornalismo científico)
19/02/2009

Resposta para DeaDea

Lia, como vai? Conheci seu blog hoje e simplesmente adorei, estou divulgando!!!Gostaria de perguntar em relação aos pensamentos sabotadores e coisas relacionadas a compulsão alimentar: que tipo de medidas ou atitudes a gente poderia tomar para evitar aquela sensação de fome desesperadora? Eu, às vezes, acabei de almoçar, ou acabei de jantar, e tenho a sensação de fome ainda, tenho certeza de que não é fome real, mas a sensação está lá... e daí vem os sentimentos e pensamentos sabotadores e daí desanda tudo. Um grande xero de uma fã nordestina! DeaDea

DeaDea,

antes de mais nada, que bom que gostou do blog!

Sobre a tua questão: primeiro de tudo você precisa identificar em que momentos você sente essa "fome desesperadora", e quais os pensamentos sabotadores que vêm junto a ela. Você falou da fome depois do almoço ou do jantar. Você tem prestado atenção na comida, enquanto come? Pois isso ajuda muito o controle, e sua falta de saciedade pode ter a ver com isso. "Estar presente" no momento da alimentação é fundamental, ou seja, nada de ficar estressada pensando no que precisa fazer depois, etc. Outra coisa: o que você tem comido nas refeições? Será que é muito pouco?

Quanto aos pensamentos sabotadores, você consegue identificá-los? Geralmente eles são do tipo que "minam" a nossa persistência. Tente, após escrever quais são, questioná-los em sua veracidade, avaliar que comportamentos que você acaba tendo por causa deles e que comportamentos alternativos, e mais proativos, você poderia ter em seu lugar.

Espero ter ajudado!

Beijão,

Lia

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Efeito Sanfona: resposta para Taty

Tenho 35 anos e há 15 sofro do "efeito sanfona", engordo 20 quilos num mês, mas também consigo emagecer 20 no próximo mês, algo estranho, pois as pessoas podem me ver enorme hoje e dentro de 40 dias magérrima, enfim, não consigo manter o peso. Gostaria de dicas para a manutenção , será que posso comer só nos finais de semana e o que eu quiser? Como alguém pode manter o peso sem sofrer tanto? beijo, taty

Querida Taty,

infelizmente, para pessoas com problemas de sobrepeso ou obesidade, o reganho de peso após esforço para perdê-lo é regra, e não exceção! Ou seja, é muito mais comum do que gostaríamos que as pessoas com excesso de peso que se esforçam para emagrecer entrem no famoso "efeito sanfona".

Pior: esse ciclo de variação de peso, quando severo (ou seja, quando se perde-ganha mais de 10 kg, por mais de 3 vezes), está associado a um reganho de peso de mais de duas vezes o ganho de peso de quem não tem histórico de efeito-sanfona! Isso nos diz que perder peso e não manter é pior do que não perder, porque quanto mais perdemos e depois recuperamos o peso, aumentamos as chances de engordar mais ainda, e piores as consequências para a saúde em geral.

E agora???

Na verdade, como profissional da saúde que lida com esses problemas, acredito que planejar a manutenção do peso é fundamental desde o início do programa de emagrecimento. Não se deve iniciar uma dieta se os métodos e programas utilizados não levem em conta desde o início a questão da prevenção do reganho, e se estes não tiverem maior probabilidade, comprovada, de sucesso em longo prazo.

Portanto, acho que precisamos olhar com bastante cuidado o seu caso. Em primeiro lugar, ganhar ou perder 20 kg em um mês é realmente muito, e isso precisa de investigação. Não só o ganhar me preocupa, mas o perder tanto e tão rápido também!

Para ganhar esses 20kg em um mês, questiono-me: como é a sua alimentação? Você come demais, o tempo todo? Você tem compulsão alimentar? Tem estado estressada e comer é uma forma de alívio? O ambiente onde você vive, ou trabalha, favorece que coma muito? Enfim... Faria uma avaliação cuidadosa e detalhada dos seus hábitos alimentares e de vida.

Para perder esses 20kg em um mês, questiono-me: você fica muito tempo sem comer? Você deixa de comer alguns tipos de alimento? Você se engaja em regras muito rígidas e que não levam em conta suas necessidades e seu perfil?

Você percebeu que nunca mantém? Ou está perdendo, ou está ganhando! Provavelmente, os comportamentos e atitudes de cada uma dessas fases acaba por reforçar ou manter a outra. Isso é ruim. A sua dieta não é adequada para você, e não envolve planejamento em longo prazo.

Na minha opinião, você deve ir a uma nutricionista que vai te orientar em relação a uma dieta equilibrada. Tal dieta deve ser adequada ao teu perfil. Aquela que você segue, com certeza, não o é. Você pode também procurar um psicólogo especialista em comportamento alimentar, motivação e mudanças no estilo de vida. Ele pode te ajudar a criar um método personalizado para lidar com suas dificuldades e a prevenir que a perda de peso se transforme no prenúncio de uma nova engorda.

Enfim, você precisa de ajuda para reavaliar e reprogramar suas atitudes alimentares! Só assim poderá emagrecer - e manter - com menos sofrimento, de forma mais saudável.

Para começar, faça um diário alimentar. Se quiser, posso analisá-lo com você, OK? E leia os primeiros posts deste blog. Acho que podem ajudar.

Quanto a "comer só nos fins de semana, e o que quiser", não acho legal. Prometo entrar neste assunto num próximo post, OK?

Espero ter ajudado.

Beijo,

Lia

sábado, 15 de agosto de 2009

DIET, LIGHT, ZERO

O alimento diet é formulado com modificações especiais para se adequar a diferentes dietas ou indivíduos com necessidades metabólicas específicas. Nessa categoria estão os alimentos com restrição e/ou isenção de nutrientes (carboidratos, proteínas, gorduras e sódio), alimentos para controle do peso e, especificamente, alimentos para dietas de ingestão controlada de açúcares, como por exemplo, dietas para portadores de diabetes.

O termo light indica diferenças na composição de um produto em comparação a um produto tradicional. Um alimento é considerado light quando apresenta redução mínima de 25% das calorias ou de algum nutriente em relação ao original, como por exemplo, gordura. Alguns pães são considerados light pelo seu teor reduzido de gorduras e não, necessariamente, de calorias.

Já o zero foi o último a integrar os termos empregados em embalagens de alimentos. O nome zero indica que o alimento apresenta restrição ou isenção de algum nutriente em comparação com a versão tradicional. Se a isenção for de açúcares, o produto ainda deve apresentar valor calórico reduzido. Um caso de alimento zero são os refrigerantes, que são isentos de açúcar e possuem muito menos calorias em comparação ao produto original.

(Fonte: HCor)

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Estresse e ganho de peso


Estresse pode engordar, segundo um estudo publicado na edição de 15 de julho do American Journal of Epidemiology. Foram estudados 1355 homens e mulheres, numa amostra significativa da população americana, durante 9 anos.

O autor, Jason Block (Harvard), procurou relações entre o ganho de peso e diversos tipos de estresse - estresse relacionado ao trabalho, dificuldade em pagar as contas, relações familiares complicadas, depressão ou transtornos ansiosos.

De acordo com o estudo, entitulado Psychosocial Stress and Change in Weight Among U.S. Adults, a medida da circunferência abdominal das mulheres é afetada por mais tipos de estresse. Ou seja, além do ganho de peso associado a problemas financeiros ou no trabalho, nas mulheres há também o ganho de peso vinculado a conflitos familiares e ao sentimento de limitação dado pelas circunstâncias da vida.

Nos homens, não houve correlação entre ganho de peso e problemas familiares ou sentimentos de restrição causado por situações da vida. A falta de poder de decisão no trabalho, de aprender novas habilidades e de colocar em prática tarefas interessantes é que estão ligados ao ganho de peso.

De uma forma geral, o estudo mostrou que as pessoas que relataram estar mais estressadas engordavam mais, se já tivessem um IMC elevado. O mesmo padrão de ganho de peso não foi encontrado em pessoas mais magras, mesmo quando lidando com o mesmo tipo de estresse.

Quando lidam com períodos de estresse, os indivíduos podem modificar seus hábitos alimentares, o que pode ocasionar ganho de peso. O ganho de peso induzido pelo estresse é influenciado pelo gênero, por quais tipos de comida a pessoa escolhe quando muda seu comportamento alimentar e pelo fato de a pessoa já se encontrar com sobrepeso ou obesidade. Esses fatores podem fazer com que algumas pessoas engordem mais que outras, ou até emagreçam, sob situações estressantes.

O controle do estresse é muito importante nos programas para perda de peso. No local de trabalho, por exemplo, escalas de horários mais flexíveis e exercícios podem ajudar.